Olá Pessoal,
Dando continuidade ao método de
improvisação
·
Improvisação referencial:
É improvisar sobre um elemento não
musical, como: sentimentos, ideias, assunto, imagem, pessoa, lugar, evento ou
experiência. Aquilo que muitos artistas “fazem” antes de criar uma obra. Aquilo
que inspira.
A improvisação referencial é sutil, portanto exemplificar através de vídeos e imagens é um pouco complicado. Nós podemos pensar nas dinâmicas onde
podemos induzir tal processo, como por exemplo, uma atividade onde sugerimos a
um grupo de indivíduos que cada um desenhe algo num papel sem representar um
objeto específico. Depois disso, após um aquecimento, o grupo deverá a partir
de um som inicial, interagir com os outros e desenvolver uma música com base neste desenho ou
na sensação de desenhar. Trata-se de uma experiência sinestésica.
Retornamos aqui à experiência não musical das experiências musicais. Para relembrar basta clicar sobre experiência
não musical
Pois é, o elemento não musical se
torna a referencia para a improvisação. Seu ponto de vista é importante, pois,
uma vez que podemos considerar que a música não é presente à todo momento, em todas as coisas, é desta vivência não
musical que surge a inspiração para se fazer música, bem como é à partir destas
experiências que a música se desenvolve e evolui.
Bem, este assunto pode ser
complicado, pois coincide com as questões sobre o que é mesmo música? Por que o
homem faz música?
Neste caso, na minha humilde opinião
e, a fim de continuarmos com o assunto, a música é resultado da expressão do
homem sobre estímulos que este recebe e entende como musicais. Estes estímulos
existem na natureza, tanto pelos sons que podemos perceber quanto pelos que não
podemos, bem como, por objetos, situações, pessoas, que nos fazem acessar o
elemento musical, seja pelo romance, pela raiva, pela surpresa, tristeza,
absurdo e etc, ou pelo modo como os animais exploram o som e o ambiente.
Neste caso vale a pena assistir o
vídeo da palestra de David Byrne sobre como a música se molda a partir do
ambiente e vice-versa.
Dá pra falar bastante e é um assunto
interessante. Como disse na postagem das experiências não musicais, este
assunto vai longe e estará presente em muitas postagens. Principalmente se
falarmos de Bruscia, que vem e vai com o mesmo assunto à fim de tornar-lo claro.
O fato que a música está associada à
cultura se mostra nitidamente através desta ótica não musical, como por
exemplo: da criação de instrumentos musicais que normalmente são retirados da
natureza onde moram e trabalham os homens; do ritmo ser semelhante às
atividades que fazem ou ao sentimento que carregam; ao modo de cantar e
explorar a sonoridade conforme o ambiente. Neste caso, a postagem sobre as experiências musicais, focando a experiência extramusical e paramusical podem favorecer a compreensão deste tema.
É isso aí pessoal,
Um abraço e,
Até a próxima
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