segunda-feira, 10 de março de 2014

Improvisação referencial

Olá Pessoal,


Dando continuidade ao método de improvisação

·        Improvisação referencial:

É improvisar sobre um elemento não musical, como: sentimentos, ideias, assunto, imagem, pessoa, lugar, evento ou experiência. Aquilo que muitos artistas “fazem” antes de criar uma obra. Aquilo que inspira.

A improvisação referencial é sutil, portanto exemplificar através de vídeos e imagens é um pouco complicado. Nós podemos pensar nas dinâmicas onde podemos induzir tal processo, como por exemplo, uma atividade onde sugerimos a um grupo de indivíduos que cada um desenhe algo num papel sem representar um objeto específico. Depois disso, após um aquecimento, o grupo deverá a partir de um som inicial, interagir com os outros e desenvolver uma música com base neste desenho ou na sensação de desenhar. Trata-se de uma experiência sinestésica.

Retornamos aqui à experiência não musical das experiências musicais. Para relembrar basta clicar sobre experiência não musical

Pois é, o elemento não musical se torna a referencia para a improvisação. Seu ponto de vista é importante, pois, uma vez que podemos considerar que a música não é presente à todo momento,  em todas as coisas, é desta vivência não musical que surge a inspiração para se fazer música, bem como é à partir destas experiências que a música se desenvolve e evolui.

Bem, este assunto pode ser complicado, pois coincide com as questões sobre o que é mesmo música? Por que o homem faz música?

Neste caso, na minha humilde opinião e, a fim de continuarmos com o assunto, a música é resultado da expressão do homem sobre estímulos que este recebe e entende como musicais. Estes estímulos existem na natureza, tanto pelos sons que podemos perceber quanto pelos que não podemos, bem como, por objetos, situações, pessoas, que nos fazem acessar o elemento musical, seja pelo romance, pela raiva, pela surpresa, tristeza, absurdo e etc, ou pelo modo como os animais exploram o som e o ambiente.

Neste caso vale a pena assistir o vídeo da palestra de David Byrne sobre como a música se molda a partir do ambiente e vice-versa.


 clique aqui para assistir



Dá pra falar bastante e é um assunto interessante. Como disse na postagem das experiências não musicais, este assunto vai longe e estará presente em muitas postagens. Principalmente se falarmos de Bruscia, que vem e vai com o mesmo assunto à fim de tornar-lo claro. 

O fato que a música está associada à cultura se mostra nitidamente através desta ótica não musical, como por exemplo: da criação de instrumentos musicais que normalmente são retirados da natureza onde moram e trabalham os homens; do ritmo ser semelhante às atividades que fazem ou ao sentimento que carregam; ao modo de cantar e explorar a sonoridade conforme o ambiente. Neste caso, a postagem sobre as experiências musicais, focando a experiência extramusical e paramusical podem favorecer a compreensão deste tema. 

É isso aí pessoal,
Um abraço e,

Até a próxima

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