terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Introdução aos quatro métodos de musicoterapia

Olá pessoal, 

Hoje apresentarei brevemente os métodos de musicoterapia.

Como se trata de uma terapia relativamente nova, vale à pena discorrer um pouco sobre os métodos de musicoterapia, que além de ser um assunto interessante por si só, também pode desenvolver mais interesse nas pessoas que buscam algum tipo de terapia ou até mesmo atividade musical que não sejam aulas de música (as quais necessitam de certo esforço e dedicação), e que permitam vivenciar os prazeres e profundidades existentes no meio musical.

A musicoterapia e seus métodos são o conjunto das culturas musicais e de suas experiências, com o toque da contemporaneidade, além de estar habilitada para o tratamento junto às áreas da saúde.

É escutar a vitrola no fim da tarde; cantar umas músicas conhecidas; compor música sem se preocupar com fama, reconhecimento ou dom; é voltar ao passado e descobrir sons, inventar, criar; dançar em roda; bater tambor; reger; reunir colegas em volta do piano; fazer rituais que levam ao autoconhecimento; perceber o som como se estivesse nos primeiros tempos da humanidade; tocar como se fosse integrante do Pink Floyd (rsrrs); vivenciar as raízes e, muitos outros exemplos que variam de pessoa para pessoa.

Os elementos da cultura são rituais responsáveis por preservar a saúde. É possível ver claramente este fato nas culturas indígenas, onde o pajé ou xamã é o responsável por educar e manter a saúde da aldeia e, a falta dele é um grande problema.

A falta de atividades culturais e musicais que promovem a saúde é como aldeia sem pajé. Não basta irmos ao médico para tratar a saúde, ainda mais quando vivemos num tempo em que se fragmentaram demais estas ciências.

Não é difícil encontrar textos que comentem o absurdo das fragmentações, onde existe um médico para tratar do estômago, outro do rim, outro do cérebro, quando não o caso do especialista, para tratar um detalhe específico de cada parte do corpo.

Hoje existe maior intersecção entre as áreas, mas ainda é limitado.

Sendo assim, ao voltarmos no tempo, nos elementos básicos da cultura e das formas de tratamento, encontramos na cultura da manutenção à saúde, a arte. Onde se encontra o ser na sua forma ativa cuidando de si e reconhecendo de modo imediato o que lhe faz bem.

Por hora, como disse no início, falarei sobre os métodos. Apresentarei vídeos, experiências na faculdade, experiências como profissional e também como musicista, pesquisadora, estudante e pessoa que conviveu com alguns músicos e meios musicais.

Abaixo farei uma breve exposição dos métodos e na próxima postagem aprofundarei o assunto sobre Improvisação.

Introdução aos quatro métodos de musicoterapia
Breve explicação sobre os métodos.

Em musicoterapia, os métodos correspondem à forma pela qual o paciente será inserido no meio musical, ou seja, às formas de se fazer e escutar música independente das abordagens (humanista, biomédica, psicanalista ou behaviorista).

As metodologias básicas de interação são Improvisação, Recreação, Composição e Audição.

Segundo Kenneth Bruscia (1998), autor do livro Definindo Musicoterapia que sempre me refiro aqui no blog, cada tipo de metodologia possui características específicas de interação musical, envolvendo diferentes comportamentos sensório-motores, habilidades perceptivas e cognitivas, emoções e, relações interpessoais em cada uma delas. A metodologia vai de encontro com a necessidade.

IMPROVISAÇÃO


RECREAÇÃO

Envolve aprender e executar músicas conhecidas incluindo atividades e jogos musicais, como, por exemplo: folclore, atividades lúdicas e neuropedagógicas, gesticular músicas (músicas infantis). Inclui atividades de execução, reprodução, transformação e interpretação do conteúdo musical existente.

COMPOSIÇÃO

Processo de criação musical que poderá constituir-se de letras, instrumentos musicais, artes plásticas e demais formas de expressão, podendo resultar em registros de áudio e vídeo ou mesmo em obras de arte.

RECEPTIVAS

Esta metodologia tem a audição musical como principal elemento. Esta pode ser ao vivo ou gravada, improvisada ou, que foram compostas no processo terapêutico, etc. Envolve recreação, improvisação e composição, mas com foco na escuta e não no fazer.
Esta experiência terá diferentes características dependendo se o enfoque for físico, emocional, intelectual, estético e espiritual.
As respostas geralmente são verbais ou escritas, mas podem ocorrer outras modalidades de respostas, tais como: dança, artes plásticas ou, encenação.

Próxima postagem:
Improvisação parte 1
Aprofundamento, indicação e modelos.

Abraços

Denise

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