terça-feira, 23 de abril de 2013

Comentário sobre os vídeos 2


Experiência Musical. A necessidade de música.

Referente a postagem Experiências Musicais

Olá pessoal,

Peço desculpas pela enorme ausência, mas realmente não foi possível atualizar o blog.

Dada esta ausência, vale fazer um resumo do que foi falado.
Comentava sobre as experiências musicais: pré-musical, musical, extra-musical, paramusical e não-musical oferecendo vídeos como exemplo.

No ano passado participei de um curso de música e desenvolvimento humano com Paulo Castagna, Marcelo Petraglia e CecíliaValentim. No primeiro encontro surgiu a questão “se todo contato com música provoca o desenvolvimento humano”. Utilizarei esta discussão para comentar esta próxima postagem sobre a experiência musical.

Em minha opinião a música é como a água.

Por exemplo, a água pode ser aplicada diretamente no corpo pelas suas propriedades terapêuticas, como na jala-neti; uma pessoa pode ter uma ótima experiência ao tomar um banho de chuva; quando imerso na água podemos fazer muitos movimentos com o corpo e experimentar sensações que não conseguimos sem estarmos imersos neste meio; muitas religiões utilizam a água simbolizando pureza, benção, sabedoria, origem. 
Também existe o outro lado: chuva demais pode incomodar; um lago pode ser sereno e sombrio; jala-neti é incomum e um recurso pouco usado na medicina ocidental.

A resposta é sim, quando corresponde à necessidade e não, quando não.

O fato de apresentar esta questão aqui é que parece ficar claro e empírico quando assemelhamos a água com a música para entender a experiência musical. Observo que a experiência musical é um contato com um elemento da natureza e, como tal, não é oportuno em todos os momentos embora seja uma fonte indispensável.
Na musicoterapia, a experiência musical envolve aspectos como organização e reorganização; espaço para expressar e experimentar; desenvolvimento cognitivo; religiosidade/espiritualidade; afeto; elaboração; compartilhamento e outros espaços-tempo da relação entre vida, forma e pensamento.

Existem diversos modelos de musicoterapia, bem como, diferentes abordagens (humanista, psicanalista, biomédica ou behaviorista), cada qual utilizará e considerará a música de forma diferente. Falarei deste assunto nas próximas postagens.
Falar sobre a experiência musical pode ser reduzir demasiadamente toda e qualquer experiência a ponto de definir um ponto de vista, o que não é o caso. A experiência musical é muito complexa e cheia de dinâmicas para aquele que a experimenta. Esta experiência, portanto, não é sempre terapêutica ou provoca o desenvolvimento humano. A musicoterapia não se denomina pelo fato de que a música é sempre benéfica e que podemos receitá-la para qualquer caso, mas principalmente pelo fato de que a música consiste numa experiência que atua de acordo com as necessidades do homem. Conhecer a natureza humana pode ser complicado, mas o simples fato de sabermos que para a planta é necessário água, assim buscamos o alimento musical quando este se faz necessário.
O vídeo de Henry é um bom exemplo da necessidade, porque percebemos o quanto aquela experiência contribui para sua vida. Ele gosta de música e expressa isso com muita clareza. Sem esta experiência observe como tudo é tão difícil.

E por fim, vale lembrar que a situação da água no planeta está deteriorada  afetando as pessoas na saúde, no trabalho, no lazer, no convívio, na economia e assim por diante. Do mesmo modo, observamos este problema na cultura e na música, pois sem qualidade a terra se torna infértil e não existe espaço para a vida se desenvolver


E para concluir

Uma sugestão: quando assistirem este vídeo, comparem o movimento das águas com sons que invadem quando escutamos ou tocamos música.





Um abraço,
Denise

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