Experiência Musical. A necessidade de música.
Referente a postagem Experiências Musicais
Olá pessoal,
Peço desculpas pela enorme ausência, mas realmente não foi
possível atualizar o blog.
Dada esta ausência, vale fazer um resumo do que foi falado.
Comentava sobre as experiências musicais: pré-musical,
musical, extra-musical, paramusical e não-musical oferecendo vídeos como exemplo.
No ano passado participei de um curso de música e
desenvolvimento humano com Paulo Castagna, Marcelo Petraglia e CecíliaValentim. No primeiro encontro surgiu a questão “se todo contato com música
provoca o desenvolvimento humano”. Utilizarei esta discussão para comentar esta
próxima postagem sobre a experiência musical.
Em minha opinião a música é como a água.
Por exemplo, a água pode ser aplicada diretamente no corpo
pelas suas propriedades terapêuticas, como na jala-neti; uma pessoa pode ter
uma ótima experiência ao tomar um banho de chuva; quando imerso na água podemos
fazer muitos movimentos com o corpo e experimentar sensações que não
conseguimos sem estarmos imersos neste meio; muitas religiões utilizam a água
simbolizando pureza, benção, sabedoria, origem.
Também existe o outro lado: chuva demais pode incomodar; um
lago pode ser sereno e sombrio; jala-neti é incomum e um recurso pouco usado na
medicina ocidental.
A resposta é sim, quando corresponde à necessidade e não,
quando não.
O fato de apresentar esta questão aqui é que parece ficar
claro e empírico quando assemelhamos a água com a música para entender a
experiência musical. Observo que a experiência musical é um contato com um
elemento da natureza e, como tal, não é oportuno em todos os momentos embora
seja uma fonte indispensável.
Na musicoterapia, a experiência musical envolve aspectos como
organização e reorganização; espaço para expressar e experimentar; desenvolvimento
cognitivo; religiosidade/espiritualidade; afeto; elaboração; compartilhamento e
outros espaços-tempo da relação entre vida, forma e pensamento.
Existem diversos modelos de musicoterapia, bem como,
diferentes abordagens (humanista, psicanalista, biomédica ou behaviorista),
cada qual utilizará e considerará a música de forma diferente. Falarei deste
assunto nas próximas postagens.
Falar sobre a experiência musical pode ser reduzir
demasiadamente toda e qualquer experiência a ponto de definir um ponto de
vista, o que não é o caso. A experiência musical é muito complexa e cheia de
dinâmicas para aquele que a experimenta. Esta experiência, portanto, não é
sempre terapêutica ou provoca o desenvolvimento humano. A musicoterapia não se
denomina pelo fato de que a música é sempre benéfica e que podemos receitá-la
para qualquer caso, mas principalmente pelo fato de que a música consiste numa
experiência que atua de acordo com as necessidades do homem. Conhecer a
natureza humana pode ser complicado, mas o simples fato de sabermos que para a
planta é necessário água, assim buscamos o alimento musical quando este se faz
necessário.
O vídeo de Henry é um bom exemplo da necessidade, porque
percebemos o quanto aquela experiência contribui para sua vida. Ele gosta de
música e expressa isso com muita clareza. Sem esta experiência observe como
tudo é tão difícil.
E por fim, vale lembrar que a situação da água no planeta está deteriorada afetando as pessoas na saúde, no trabalho, no lazer, no convívio, na economia e assim por diante. Do mesmo modo, observamos este problema na cultura e na música, pois sem qualidade a terra se torna infértil e não existe espaço para a vida se desenvolver.
E para concluir
Uma sugestão: quando assistirem este vídeo, comparem o movimento das águas com sons que invadem quando escutamos ou tocamos música.
Um abraço,
Denise
Aeee. . voltou! Maravilha!!!! :D
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