quinta-feira, 29 de março de 2012

Definindo musicoterapia - K. Bruscia


Olá pessoal!

Para complementar a primeira postagem - Sobre Definir(mos) musicoterapia, antes de comentar sobre o vídeo, postarei alguns comentários do musicoterapeuta Kenneth Bruscia, de seu livro Definindo musicoterapia, 1998, capítulo 1.
 Esta postagem que segue nos dará uma perspectiva do assunto  que, geralmente não temos quando procuramos links pela internet para saber sobre a musicoterapia. Além disso, são úteis para apresentar as estruturas  sobre as quais refletiremos neste blog. Aquilo que está em negrito diz respeito ao que já foi escrito aqui e ao que falaremos mais adiante.

Postem seus comentários!
Um abraço,
Denise


 Necessidade de definições


“Definir musicoterapia é parte integrante do vir a ser musicoterapeuta.”

“Fazer uma definição simples e acurada de musicoterapia para leigos, estudantes e outros profissionais, em geral, não é uma tarefa simples.”

“As definições convencionais e as encontradas em livros didáticos nem sempre são relevantes ou compreensíveis para as pessoas que não atuam no campo da musicoterapia, em geral porque elas ou são muito técnicas ou muito abstratas.”

“Na tentativa de identificar a essência da musicoterapia e de comunicá-la a outras pessoas, os musicoterapeutas têm que confrontar questões centrais da própria disciplina. Cada definição estabelece fronteiras para o campo.”

“(...) Quando os terapeutas individuais, as associações e os países constroem suas próprias definições, eles não estão apenas fazendo rodeios com as palavras ou discutindo minúcias acadêmicas. Eles, habitualmente, estão tentando expressar seus pontos de vista particulares sobre a musicoterapia ou tentando enfatizar algo muito específico sobre ela.”

“(...) Frequentemente encontramos diferenças filosóficas fundamentais sobre música, terapia, saúde, doença e até sobre vida. Cada definição de musicoterapia reflete um ponto de vista muito específico sobre o que é música, sobre o que é terapêutico na música, sobre o que é terapia e como a música se relaciona com ela e, porque as pessoas precisam de música e de terapia para se manterem saudáveis. Indo mais além, cada definição também indica como aquele que define concebe e diferencia saúde e doença.

“(...) As definições de musicoterapia precisam ser modificadas continuamente (...). Assim quando as definições são comparadas ao longo de um período, podemos efetivamente visualizar os estágios de desenvolvimento coletivo e individual do campo da musicoterapia, bem como da comunidade da área da saúde como um todo.”

“Em resumo, as definições desempenham importantes funções: elas dão uma importante ferramenta para orientar e responder às perguntas de pessoas externas do campo; levantam questões e debates fundamentais para os profissionais do campo; fornecem fronteiras para a prática clínica, para a teoria e para a pesquisa; especificam o corpo de conhecimento e habilidades necessárias para pertencer ao campo; projetam uma identidade profissional; revelam o ponto de vista da pessoa que define; refletem o estágio do desenvolvimento individual e coletivo e fornecem um contexto para comunicação entre musicoterapeutas.”



BRUSCIA, Kenneth E. Definindo musicoterapia: tradução Mariza Velloso Fernandez Conde – 2 ed – Rio de Janeiro; Enelivros, 2000 (p. 1 – p. 5)

2 comentários:

  1. Parabens pelo blog esta muito bom!

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  2. Parabéns pelo blog, Denise! Continue divulgando a muicoterapia e os seus benefícios.

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